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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

25 - MACHU PICCHU-2006 - 22° Dia

Inicio: Camiri-Bolivia as 05:00hrs do dia 17/02/2006, Km 42922

Relato:
Acordo as 5:00 hrs pela bagunça dos hospedes e sigo para Villamontes e após para a Argentina. Sem problema no percurso chego a fronteira e vou logo solicitando baixa na Bolívia e ingresso na Argentina, pois a aduana são juntas e interligadas. Por um instante achei que essa interligação das aduanas agilizaria os transmites porem me enganei e a folia é pior que a Ponte da Amizade em Foz do Iguaçu. Sou indicado para resolver o transmite da “morena” primeiro e para isso vou a janela da Bolívia, após na janela da Argentina, volto na Bolívia, volto na argentina e......outra janela da argentina e enfim a documentação da “morena” esta pronta. Pergunto onde faço a Carta verde....e acredite,,,,nem o chefe deles sabe o que é isso e mesmo eu explicando...chegamos a conclusão de que ali ninguém faz isso. Agora só falta o permisso pessoal e vou a outra parte da aduana e percebo uma fila de uns 100 mts peço informação ao guarda no inicio da fila o qual pega minha RG e passaporte e desaparece dentro do prédio enquanto aguardo ao lado. Percebo que algumas pessoas passam sem se identificar, outras com uma identidade e outras não passam de maneira alguma enquanto que na fila outras aguardam debaixo do sol forte com bagagem na mão sendo a maioria turista pois não se parecem nem um pouco com Bolivianos e nem Argentinos. Após uma hora de espera surge meus documentos junto com o permisso e sou liberado para cruzar a fronteira.

Fim: Divisa-Bolivia as 08:40hrs do dia 17/02/2006, Km 43176



Inicio: Divisa-Argentina as 11:05hrs do dia 17/02/2006, Km 43176

Relato:
Já na Argentina tento fazer cambio dos bolivianos que tenho e percebo que ninguém faz cambio na Argentina, somente do lado Boliviano, Para não perder 2 horas para voltar a Bolívia fico com os bolivianos na mão e procuro um banco eletrônico onde posso retirar pesos argentinos. Abasteço e compro um mapa com os bolivianos que tenho e escolho o caminho mais longo para Foz do Iguaçu, pois seria totalmente asfaltado e não precisaria cruzar para o Paraguai fazendo todo o transmite burocrático da fronteira. Sigo para Joaquim Gonzales e após para Corrientes.
No Km 312 da carreteira 16 , próximo a Taco Pozo, sou parado por um policial na pista onde solicita a documentação. Entrego (como sempre) a carteira vencida em 2005 e o documento da moto de 2003, ele da uma olhada e me solicita o “Mata Fuego” e o kit primeiro socorro, digo que o kit primeiro socorro possuo pois levo para a minha própria necessidade porem o “Mata Fuego” não existe......
- Então hai que pagar uma multa;
- Espera, eu disse que não existe “mata Fuego” para motocicleta
- Sim, então terá que pagar 330,00 pesos;
- Desculpe, mas você não entendeu. Eu sou casado com uma argentina (mentira) e trabalho em Puerto Iguazu(mentira) fronteira com o Brasil e conheço a lei de transito da Argentina, Não existe “mata Fuego” para motocicleta;
- Existe sim, todos os brasileiros que passam por aqui acabam pagando a multa;
- Eles pagam por que não sabem da lei e eu a conheço e não vou pagar. Você verifica a sua lei no item 40, letra F;
- (puto da vida) Você paga a multa e depois vai reclamar com sua esposa argentina;
- (mais puto ainda) Não vou pagar pois não existe “Mata Fuego” para motocicleta;
- Já que você não vai pagar aguarde ai ate resolver pagar.
Aguardo no acostamento da carreteira enquanto o guarda volta para sua guarita do outro lado. 30 minuto após vendo que eu não estava nem ai, ele me chama e tenta uma conversa amena.
- Uste não tem que pagar toda a multa, lhe faço um bom desconto ficando por....deixa eu ver.......110,00 pesos
- Ainda é muito dinheiro, pois só possuo 35,00 pesos e alguns bolivianos;
- Como não tem dinheiro, como você viaja sem plata?
- Existe cartão de credito onde se paga hotel, combustível, tudo com Cartão de credito evitando assim carregar dinheiro para não ser assaltado. Veja....só tenho esse 35,00 pesos........
Enfio a mão no bolso da calça para retirar os pesos e junto vem um bolo de Dólares o qual não lembrava que estava junto. O guarda arregalou os olhos e mudou de idéia rapidinho. Teria que parar os 330,00 pesos.
- Não pago, já disse;
- Se não vai pagar vai ficar aqui ate resolver pagar;
- Ta bom, eu pago. Mas só pago se for para seu superior. Vá chama-lo.
- Meu superior não esta.
- Então pago na cidade e depois volto para pegar meus documentos com você.
- Nada disso, tem que pagar aqui.
- Não pago;
- Paga.
- Não pago, pois não existe “Mata Fuego” para motocicleta. Você deveria saber mais sobre sua lei de transito. Se quiser que eu pague preencha o boleto, coloque que não tem “Mata Fuego” na minha motocicleta, coloque seu nome e sua batente que eu pago na cidade.
- (gritando) Se não pagar então vai ficar preso aqui.
- Ta bom, NÃO PAGO
- Pegue sua moto e coloque aqui no estacionamento ao lado, você vai ficar preso ate pagar.
- Ta bom.
Vou para a motocicleta, tremendo de raiva e tenso, coloco o capacete e resolvo arriscar. Saio a 130 km/h e deixo para trás o guarda com meus documentos vencidos na mão, pois sabia que ele não viria atras pois não tinha nenhuma viatura no local.
Pensando nas possíveis conseqüências sigo por 2 km quando dou de frente com uma barreira da Policia Camineira. Tenso e lembrando de que existe telefone e radio de comunicação nessa região já vou pensando na desculpa para dar. Porem para a minha sorte eles só estavam parando caminhões.
Sempre acima dos 130 km/h sigo em direção a Corrientes quando de repente umas cabras cruza a estrada. Freio o que tenho mas não consigo evitar o choque com uma cabra a qual me joga em cima de outra. Vou cabaleando e consigo parar a “morena” no meios dos cabritos sem cair.
Depois do susto sigo mais devagar e as 22:30 chego a Corrientes.

Fim: Corriente-Argentina as 21:50hrs do dia 17/02/2006, Km 44193






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