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segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

2 - MACHU PICCHU-2006 - DIFICULDADES

DIFICULDADE:

A principio a viagem estava programada para marco de 2005 porem em 02 de outubro de 2004 ao sair com a XT600E Preta ano 2003 (morena) para uma volta na cidade acabei colidindo com um veiculo o qual cruzou a preferencial sem cerimonia. Sem evitar a colisão fui arremessado ao chão por cima do veiculo ficando estendido no meio do asfalto. Consciente, percebi a chegada de diversas pessoas para me socorrer, inclusive o infrator. Percebendo que me encontrava com varias escoriações no corpo e com fortes dores na coluna e perna permaneci deitado sem se mover conforme o procedimento ate a chegada de uma ambulância da SIATE. No meio do tumulto formado verifiquei que a morena não teve a mesma sorte, pois estava com a frente totalmente destruída e agonizando deitada a uns 20 metros de mim.
Podem não acreditarem, mas a policia chegou rapidamente e tomou as providencia de afastar as pessoas e liberar o transito, foi ai que percebemos que aproveitando o tumulto o infrator havia desaparecido. Sem muito a fazer a policia começou a fazer o Boletim de Ocorrência enquanto eu aguardava o socorro medico no asfalto quente pelo sol de outubro.
Enfim chega o siate onde tomam a providencia de me locomover imóvel ate o hospital. Ao chegar ao Pronto Socorro o atendimento foi rápido e eficiente, tirando vários RX, vários exames, correria para todos os lados ate que o medico me deu a noticia de que estava tudo bem e que nada havia de errado na minha coluna que sem duvida era o que mais preocupava. Obvio que esse atendimento do Hospital foi por causa do convênio medico particular que possuo ou voces acharam que era INPS?
Saindo do Hospital com as luxações e me recompondo do susto, comecei a ver meu planejamento da viagem para Machu Pichu ir pelo ralo a fora.
Após alguns dias retirei o BO e como já era esperado nada foi anotado sobre o infrator. Tomei a providencia de cancelar minhas férias pois não teria tempo hábil para custear o conserto da morena. Por conta própria fui ao local do acidente e conversando com os moradores próximos e consegui a seguinte característica do infrator: possivelmente um corsa, cor branca ou azul claro, a fisionomia do motorista se parecia com turco e a seguinte numeração da placa 3796. Feliz da vida corri para o detran para tentar descobrir mais algum detalhe para localizar o infrator porem nada puderam fazer com esses números. Fui ao despachante e nada. Precisava das letras.
Voltando ao local do acidente e novamente investigando descobri uma segunda testemunha onde achava que se tratava de um carro de cor clara, não sabia e nem conhecia marca de carro e não tinha idéia do numero da placa, mas achava que as letras era ¨HA¨. Alertei para o fato de que a placa teria que ter 3 letras e não apenas duas. Porem a pessoa não sabia ao certo e quanto mais se perguntava mais ela ficava perdida. Bem voltei ao despachante e conversando com o mesmo tentamos as seguintes opções ¨A¨ do Paraná (AHA) e as seguintes opções HAA, HAB, HAC... BHA, CHA, DHA, ... ficando com varias alternativas para pesquisa....BINGO... o computador localizou um corsa, branco, ano 1997, cor PRATA com a seguinte placa AHA-3796 da cidade de Foz do Iguaçu. Ainda com duvida sobre o veiculo levantamos com a ajuda de uns amigos a localização do infrator. E as condições do veiculo o qual estava alienado, com multa de estacionamento irregular, IPVA atrasado, seguro obrigatório e licenciamento vencidos.
Já passado duas semana após o acidente não perdi tempo. No dia seguinte fui cedo a casa do suposto infrator o qual constatei junto com sua mãe de que o mesmo tinha levado o carro na semana passada a uma oficina por problemas mecânicos e que naquele momento seu filho estava dormindo. Solicitei que o acordasse pois tinha um assunto para tratar com ele. Após uns vinte minuto o suposto apareceu na porta e pude verificar suas características de turco. Ao me ver ficou branco e já foi se auto condenando ao perguntar sobre como eu estava após o acidente. Não tive mais duvidas......ELE ERÁ O CARA.....
Encurtando o texto e com muita conversa o cara caiu duro na cadeira quando lhe apresentei o custo de R$ 8.289,00. Briga aqui, xinga ali, ameaças para ca....enfim dei uma semana para ele me apresentar uma proposta pois enquanto investigava sua vida verifiquei que eu teria que contratar um advogado e fazer com que minha duas testemunhas depusessem ao meu favor. Lembrando de que as minhas testemunhas mal sabiam os dados do veiculo e no BO nada constava sobre o infrator. Levando em consideração de que o veiculo valia R$ 4.000,00 e tinha o financiamento, multa de estacionamento, IPVA e licenciamento atrasado.
Tendo essas duas opções de entrar na justiça e esperar uns 10 anos para saber se eu iria receber ou aceitar qualquer proposta. Resolvi procurar o infrator uma semana após o qual iniciou a proposta de R$ 500,00 .......O QUE ?????....... briga aqui, xinga ali, ameaça acolá e no final consegui dois cheque pre-datado de R$ 600,00 cada para 30 e 60 dias.
Pesquisa na Internet e com alguns telefonemas descobri algumas pecas usadas em SP. Ao menos poderia colocar a morena para rodar com um custo de R$ 1.100,00.
Não pensei duas vezes, pedi licença na firma numa sexta feira e corri para SP, chegando cedo na capital, percorri as lojas da boca e fechei a compra. Ao pagar, meu cartão não passava no debito. Após varias tentativas solicitei ao proprietário da loja de que aguardasse ate eu ir ao banco localizado a 4 quadras do local para sacar o dinheiro. Ao chegar no banco mesmos erros e ao conversar com o gerente fui informado de que o sistema tinha entrado em pane e que ia sendo restabelecido ao poucos. Porem já era 17 hrs e nada do sistema voltar, o gerente não podia fazer mais nada, e eu dentro da agencia,,,,,,dessisti....voltei a loja e depois de chorar muito, mostrar meu extratos bancário, verificar meu saldo, limite do cartão, etc.... consegui convencer o proprietário a aceitar um cheque. Acho que acabou aceitando por dó. Com as pecas na mão voei para o terminal da Barra Funda para pegar o ônibus de volta apesar do peso das 2 bengalas e do desajeitado embrulho das carenagem e ferragem.
Enfim coloquei as pecas bem embrulhadas no bagageiro do ônibus da pluma e entrei no ônibus com destino a Foz do Iguaçu.....Enfim Tudo resolvido......
No dia seguinte acordo cedo com o ônibus parando na rodoviária de Cascavel, uns 180 km antes de foz, apesar do ônibus possuir poucos passageiro a maioria desce nesse local....ficando apenas eu e mais dois passageiro com destino a Foz. Duas horas mais tarde estamos na Rodoviária de Foz esgotado fisicamente. Ao descer do ônibus já solicito um taxi para me levar em casa, pois o peso das peças era grande. Com o tickes na mão aguardo os dois passageiro pegarem suas respectivas bagagem e ao tentar pegar meu embrulho..........CADE???????....EU MESMO COLOQUEI ALI........TO SONHANDO??????.....snif.......snif....era a pura realidade......as peças havia sumido e eu com o ticket na mão....o motorista...sem ter o que falar.....Vem o gerente, tenta justificar, liga para vários locais, tenta contato com Cascavel e nada das peças. Sumiram.
Puto da vida segui os procedimentos de Bagagem extraviada preenchendo os formulários necessário inclusive apresentei notas fiscais das pecas e despesas da viagem totalizando R$ 1,286,36. Tive que aguardar 30 dias para ter uma resposta da empresa. Enquanto isso pesquisei e li as leis e normas sobre bagagem extraviadas. Nada podia fazer a não ser aguardar e torcer para que localizassem as pecas ou me indenizassem do valor gasto com as pecas, passagem e hospedagem em São Paulo.
Após 30 dias nada da empresa, apesar de ligar para pedir informações, comecei a pressionar e a cada dia tinha uma nova promessa de que estava quase tudo resolvido pelo departamento jurídico da empresa. 37 dias e nada, apesar das promessas, Ligava todos os dias e começou um empurra para outro acabei perdendo a paciência e fui ao DNIT na própria rodoviária. Ao conversar com o fiscal o mesmo me garantiu de que nesse mesmo dia eu iria receber o valor correspondente a nota fiscal que eu havia anexado junto ao processo. No valor de R$ 900,00. Aguardei em casa e não demorou muito para a empresa me ligar com mais uma promessa de que estavam resolvendo minha situação, apenas respondi que o DNIT estava com o processo e que iria aguardar ate as 18hrs deste dia. As 18:05hrs novamente a empresa me liga para que eu comparecesse na rodoviária junto a empresa para receber a indenização e que antes deveria entrar em contato com o DNIT para que o mesmo não aplicasse a multa destinada a eles. Para ter certeza, fui ao guinche da empresa junto com o fiscal do DNIT e para a minha supressa estava tudo resolvido. ENFIM....UFA......
Aguardei o fim de ano e fui de CARRO para São Paulo e comprei as peças novamente no mesmo lugar de antes, tanto que os proprietários da loja ate lembraram de mim. Desta vez gastei R$ 1.175,00. Com alguns acessorios extras. Com as peças na mão coloquei-as com cuidado no porta mala do carro, travei com segurança que desta vez ninguém iria sumir com elas. Retornei a Foz do Iguaçu sem problema. Enfim entreguei as peças na oficina e 20 dias após a ´morena´estava pronta com alguns arranhões na carenagem mas com condições de passear.

Bem acho que agora basta....Eita fim de ano amargo......
Após vários passeios de moto pela cidade resolvi esticar um pouco e fui ate Belo Horizonte para conhecer umas cavernas na região, assim teria certeza de que a morena estaria totalmente recuperada.
Nessa viagem de uns 3.000 Km tudo ocorreu bem, nada de errado aconteceu e era o que eu esperava. Ao chegar em casa comecei a pensar na próxima viagem, quem sabe desta vez eu vou conseguir ir a Machu Pichu.

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