Tradutor

segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

7 - MACHU PICCHU-2006 - 4° Dia

Inicio: Inf. Rivarola-Paraguay as 09:00rs do dia 30/01/2006, Km 37643

Relato:
Acordo as 5:00rs da manha com o 2 tenente Jose revistando minha mochila e com vários produtos fora o qual vai logo justificando de que existe dois contrabandista hospedado no local e que ele encontrou minha mochila, que estava aos pés da cama, no corredor. Falando baixo pediu para eu voltar a dormir com a mochila ao meu lado.
Morrendo de medo e pensando as piores coisas, me arrependendo de ter escolhido esse caminho, fico deitado ate as 7:00rs quando amanhece. Levanto e não encontro ninguém acordado e nem sinal dos contrabandistas que ali estavam, verifico minhas coisas e percebo que nada foi tirado.
Logo após o soldado “mecânico” acorda e conforme acertado na noite anterior o levo por 7 km ate a fronteira da Bolívia para ele consertar o gerador de energia de um funcionário do governo boliviano.
Retorno e arrumo minha bagagem enquanto os demais vão acordando. Após tirar algumas fotos e trocas de endereços sigo viagem com destino à divisa da Bolívia

Fim: divisa da Bolívia com Paraguai as 9:15rs do dia 30/01/2006, Km 37650



Inicio: divisa da Bolívia com Paraguai as 9:15rs do dia 30/01/2006, Km 37650

Relato:
Chego a fronteira onde já conhecendo o fiscal que facilita a emissão do “permisso “ da “morena”, sigo para Ibybobo na Bolívia onde há um posto de imigração. Sem ter o passaporte carimbado na saída de Mariscal Estigarribia PY. O fiscal começa a impor barreiras para eu entrar na Bolívia até que solicita U$ 10,00. Mostrando para ele de que possuo apenas 30.000,00 guarani para comer e abastecer ele aceita apenas 10.000,00 e me concede o “permisso” sem carimbar o passaporte e com a copia do RG.
Sigo viagem com a certeza de que a estrada esta boa, afinal o trecho é todo em rispio e existe movimentos de camionetas e ônibus para Villa Montes. Abasteço com os 10 litros de combustível restante no galão e passo por alguns posto de controle do exercito bolivianos onde apenas faço o registro de entrada no país sem problema.
Com a estrada em boas condições e não tendo a possibilidade de engatar uma 3 marcha sigo devagar pensando na possibilidade de seguir ate Santa Cruz para conseguir um conserto. Faltando 20 Km sou parado pela natureza. Tinha esquecido do rio que teria que cruzar. Na minha frente um rio sem ponte e a única maneira para cruzar é enfrenta-lo. Descarrego a bagagem e com a água na altura das cochas (+- 1,00) coloco-a do outro lado da margem enquanto crio coragem para atravessar a “morena”. Com a “morena” limpa e leve penso na possibilidade de alguma coisa sair errada, pois o leito é pedregoso e um deslize seria fatal para ambos, pois não sei nadar. Desisto da idéia e fico no aguardo de alguma ajuda. Aguardo durante 1:30hrs por algum veiculo ate que surge uma camioneta, porem toda fechada, paro e solicito a ajuda. O motorista acompanhado por um engenheiro me explica que a melhor opção era aguardar outro veiculo ou retornar 5 Km onde haveria um desvio para atingir a carreteira que esta sendo asfaltada por eles. Atravesso toda a bagagem de volta enquanto a camioneta cruza o rio e afoga em seguida pela água que entrou no por todos os lados. Retorno por 10 km e não encontro nenhum desvio, apenas alguns casebres na beira da estrada onde paro e tento com muito sacrifício a informação de que existe sim um desvio logo após o cemitério. Retorno ate encontrar duas cruz fincada no meio do cerrado e descubro um caminho que chega a uma casa escondida e bem feita no meio da mata. Chego e sou atendido por cinco homens que me indicam a passagem por trás da casa e como não tenho cigarro para oferecer sou obrigado a gastar meu ultimo 5 Bolivianos para um menino abrir a porteira e seguir viagem por um caminho onde mal passa um carro. Logo vem os atoleiros e o primeiro tombo, levanto e ando 500 metros e outro atoleiro e outro tombo, quando não tem atoleiro tem areia e lá vou eu de novo para o chão num banco de areia. Ao carregar a “morena” percebo uma camioneta vindo no sentido contrario e em alta velocidade. Param e o motorista assustado pergunta o que houve. Após a explicação me deixam uma garrafa de água barrenta a qual bebo sem cerimônia, pois o meu estoque já tinha acabado, e me perguntam como esta a ruta, porem o que eles queriam saber é se havia alguma barreira militar no trecho pois estavam “carregados”. Seguimos viagem cada qual para seu destino e logo em seguida atinjo a carreteira sendo asfaltada. Já passa da 16:00hrs e sigo devagar, com a 2 marcha, pela estrada de rispio ate chegar a uma refinaria de gás boliviano bem protegida pelos segurança, onde peço água limpa para beber. A “morena” esta cada vez pior pois percebo que ao tentar engatar outra marcha alguma peça no interior arranha como se tivesse areia no motor alem da alta temperatura fazendo com que fico sem embreagem alguma.
Chego a Villa Montes e paro no primeiro hotel que encontro. Sujo ate o pescoço o recepcionista me atende na parte de fora onde peço uma cerveja enquanto descanso por 1:00 hrs até ir tomar um banho relaxante.
As 21:00 hrs saio para conhecer a cidade e localizar uma mecânica de moto (taller), a única da cidade pertence ao Carlitos que estava jogando bola. Localizo o local e solicito o conserto nesse domingo a noite mesmo. Atencioso o Carlos começa a desmontar a “morena” enquanto retorno ao hotel para no dia seguinte voltar ao taller e analisar as condições da “morena”.

Fim: Villa Montes-Bolivia as 16:00rs do dia 30/01/2006, Km 37791





Nenhum comentário:

Postar um comentário